Dia do Trabalhador e da Trabalhadora

O dia primeiro de maio é feriado nacional.

Mas você sabe o que ele significa?

Se você tem uma pista, repense.

Em março deste ano, 1º de maio deixou de ser o "DIA DO TRABALHO".

É o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora. A mudança na nomenclatura foi aprovada no Senado Federal em março de 2009.

O autor da proposta foi o Senador Paulo Paim (PT - RS). Ele partiu da idéia de que a data comemorativa deve homenagear os trabalhadores, e não o trabalho.

O projeto ganhou apoio de outro Senador, Inácio Arruda (PC do B - CE), este por sua vez defendeu que fosse acrescentado o "Da Trabalhadora", como forma de reconhecer a importância das mulheres na luta pelos direitos trabalhistas.

Mas você sabe por que existe o feriado no dia 1º de maio?

Foi nesse dia que em 1886, na cidade de Chicago (Estados Unidos), trabalhadores iniciaram uma manifestação que tinha o objetivo de reduzir a jornada de trabalho diária de 16 para 8 horas. Milhares de pessoas participaram.

Nos anos seguintes, a data continuou sendo lembrada por vários países. Hoje, o Dia do Trabalhador e da Trabalhadora é comemorado por outras nações além do Brasil, como Rússia, Portugal, Moçambique e outros.

Para os riograndinos esta data tem um significado muito importante na história;  No dia 1° de maio de 1950,  foi realizado um churrasco de comemoração ao dia do trabalhador, no local do então Parque Rio-Riograndense. A atividade foi convocada por grupos ligados ao movimento operário, principalmente os comunistas.

Ao final da atividade os presentes forma convidados para sair em caminhada a fim de fazer uma última manifestação em frente à sede da Sociedade União Operária(SUO), que estava fechada por ordem do Ministro da Justiça desde maio de 1949.

A marcha saiu pela cidade com o pavilhão nacional à frente, com palavras de ordem e apresentação de cartazes e faixas, pedindo a reabertura da SUO e comemorando o dia do trabalhador.

Nas imediações do campo do Esporte Clube General Osório a manifestação foi interceptada pelo delegado Evaldo Miranda do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que exigiu a sua dispersão; Junto com Miranda estavam alguns policiais e soldados da Brigada Militar.

A partir dali começou uma briga com tiroteio, em que morreram três manifestantes: o pedreiro Euclides Pinto, o portuário Honório Alves de Couto e a tecelã Angelina Gonçalves, 30 anos, ao retomar a bandeira do Brasil que a polícia tirara dos manifestantes. Também foi morto o ferroviário Osvaldino Correa, que havia saído do estádio de futebol em apoio aos manifestantes.

Desde então, "Angelina Gonçalves" foi considerada uma heroína pelo fato de ter retirado das mãos da polícia a Bandeira do Brasil, que pertence a todos nós, e virou Mártir da luta pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras riograndinos.

Essa é nossa história, essa é nossa vida..
Viva os trabalhadores e trabalhadores do Brasil.

Estamos de olho...